Outubro Rosa: 1. Câncer de mama é problema de todas nós

O que eu tenho a ver com o Outubro Rosa? Essa é a pergunta que muitas mulheres ainda se fazem, por acreditar que apenas pacientes de câncer de mama devem se preocupar com a doença.

Outubro Rosa de novo? Sim, de novo e novamente, porque não tem como parar de alertar enquanto milhões adoecem e milhares morrem todo ano no mundo com essa doença – Segundo as últimas estatísticas mundiais do Globocan 2018 (BrAY, 2018) – projeto da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), foram estimados 2,09 milhões de casos e 627 mil mortes em 2018.

Se esses números não foram suficientes para lhe convencer que é preciso olhar com atenção para esse tumor, que é um dos três tipos de maior incidência no mundo, segundo o IARC, vale lembrar que ele é o que mais acomete as mulheres em 154 países dos 185 analisados.

Voltando o olhar para a realidade brasileira, temos informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostrando que as estimativas para a incidência em 2019 são de 59.700 casos novos, representando quase 30% dos tumores em mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma.  Em 2016 o país teve mais de 16 mil mortes pela doença.

No trabalho do Inca chamado A situação do câncer de mama no Brasil encontramos dados sobre a incidência – número de casos novos diagnosticados da doença – pelo país, demonstrando os índices de cada capital. “A taxa bruta de incidência estimada foi de 56,33 por 100 mil mulheres para todo o Brasil e 80,33 por 100 mil mulheres nas capitais”.

A taxa bruta de mortalidade por câncer de mama foi de 15,4 óbitos por 100 mil mulheres no país – com variações pelas regiões, sendo as maiores nas regiões sul e sudeste. “Os estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil tiveram taxas brutas de mortalidade por câncer de mama superiores à taxa nacional em 2016, chegando a atingir valores maiores que 20 óbitos por 100 mil mulheres no rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Enquanto isso, o Maranhão e os estados da região Norte, exceto Rondônia e Tocantins, tiveram as menores taxas brutas de mortalidade por câncer de mama no país”, informa o material. Veja no infográfico a seguir, que faz parte desse trabalho do Inca.

E o que eu posso fazer?

Prevenção e diagnóstico precoce são as principais armas que temos em nossas mãos para mudar esse cenário. Estudos demonstram que o estilo de vida tem influência e aumenta a probabilidade de desenvolver câncer de mama. Há fatores de riscos que não podem ser mudados, como hereditários – mas somente 10% dos casos de câncer de mama são devido a fatores hereditários.

O que podemos fazer é ficar de olho e cuidar da prevenção com os fatores ambientais. E também divulgar informação: avisar as amigas, as primas, as colegas de trabalho… Fazer a informação chegar a todo lugar.

Quer reduzir suas chances de ter câncer de mama?

Cuide desses fatores de risco

Ingestão de bebidas alcoólicas

Tabagismo

Excesso de gordura corporal

Sedentarismo

Texto: Viviane Pereira

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