Reflexões suficientes

Será que nos amamos o suficiente? Será que valorizamos o suficiente nossa autoestima? E nos dedicamos como merecem nossos sonhos?

Um dia a gente descobre que não se amou o suficiente, não se cuidou o suficiente, não sorriu o suficiente. Um dia a gente percebe que por mais que tenha se esforçado para dar certo, por mais que tenha se dedicado e tentado, não foi o suficiente.

Descobre que nem tudo será como imaginamos ou esperávamos que seria. Talvez nada será exatamente como quisemos – ou nem tivéssemos certeza exata de como queríamos. 

Um dia a gente quer ser bailarina; no outro, não quer mais. E tem dias que a gente só quer ter o mínimo de constância para seguir com os planos. 

Tem planos que a gente segue do começo ao fim; já outros, ficam abandonados e esquecidos no caminho para, quem sabe, retomarmos um dia. 

Desde o começo estavam os sonhos que prometemos a nós mesmas que não iríamos deixar largados pelo caminho; o caminho trouxe sonhos novos, que aprendemos a sonhar. Houve também pesadelos que enfrentamos acordadas. Dos pesadelos noturnos, acordamos quase sem respirar.

Um dia a gente percebe que viveu pesadelos demais porque os sonhos foram deixados de lado, porque talvez não tivemos força suficiente para sonhar. Tem sonhos que tiveram seu tempo e já não nos cabe mais carregar. 

Um dia a gente descobre que os sonhos que julgávamos mortos estavam apenas adormecidos, sonhando que um dia nós os iríamos realizar. Um dia a gente volta a sonhar acordada e percebe que ainda é capaz de sorrir o suficiente, de se cuidar o suficiente e se amar muito – porque sempre é bom mais que o suficiente. Nesse dia, a gente também descobre que sempre é tempo de sonhar, porque ainda haverá mais um dia.

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