‘Tudo bem no Natal que vem’ – e neste também

Filme da Netflix sobre Natal, com Leandro Hassum, traz reflexões sobre a vida

Ator Leandro Hassum com chapéu de Papai Noel na frente da árvore de Natal em pôster do filme da Netflix Tudo bem no Natal que vem. Sobreposta, frase do título da resenha: Tudo bem no Natal que vem - e neste também

Como alguém que adora ver filmes de Natal achei este diferente, especial. Como fã de filmes com o @leandrohassum também achei este diferente, especial. Hassum é aquele ator que nos traz leveza, nos faz rir, de maneira gostosa, do cotidiano. Era isso que eu procurava em ‘Tudo bem no Natal que vem’. 

Logo no início foi exatamente o que encontrei: o riso brotando fácil. Hassum nos diverte em situações até banais, seus jeitos e trejeitos conhecidos e sempre inusitados em sua forma de interpretar.

Mas ‘Tudo bem no Natal que vem’ resolve não nos deixar no lugar da alegria branda. Ele nos instiga a ir além e refletir: o que faz muito sentido, afinal, não é esta a época em que revemos tudo o que fizemos no ano, realizamos um balanço e projetamos o que esperamos para os próximos 365 dias?

O rabugento Jorge (personagem de Hassum), que odeia o Natal, sofre um acidente e passa a acordar sempre na véspera da data, como se todo o mais deixasse de existir e, para ele, de certa forma, só há mesmo um Natal atrás do outro. Não se lembra nada dos outros dias do ano. Os questionamentos sobre a vida, sobre nossas escolhas e os impactos que elas trazem para o futuro tiram um pouco o sorriso bobo dos lábios e nos fazem refletir sobre o quanto vivemos realmente e o quanto deixamos simplesmente a vida passar. A proposta lembra o ‘Click’. Uma abordagem conhecida, com um novo olhar, um roteiro gosto de Paulo Cursino.

Neste filme de Natal, eu chorei com Hassum, um choro bom, um choro humano de quem sabe que nem todas escolhas serão acertadas, mas iremos aprender a seguir com elas ainda assim. 

No final estamos novamente sorrindo, já não o riso bobo e inocente do início, quando as loucuras que o simples estresse de enfrentar o shopping na véspera de Natal pode provocar em um personagem revoltado. O riso amadurecido de quem encara a vida com a consciência de que ela só acontecerá uma vez, que nos resta viver o agora intensamente, e sorri. Afinal, é Natal!

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