“Nesse momento do diagnóstico, principalmente no começo, muitas dúvidas aparecem. Uma ideia de morte eminente também pode surgir. A pessoa tem impressão de que esse seria o fim da linha. Nesse momento, é muito importante que o paciente consiga integrar pessoas no círculo social dele, ou seja, conseguir ficar perto da família, dos amigos, aceitar o apoio das pessoas que são importantes para ele.
Dizemos que o suporte social, o suporte familiar é fundamental nesse momento. O paciente tem que saber que não está sozinho, que pode contar com algumas pessoas. Por mais que alguns parentes próximos se desestruturem em alguns momentos, sempre temos alguém que pode nos escutar, ouvir nossas queixas, nossos medos. É essencial contar com esse apoio da família.
É importante para o paciente conseguir explicar aos familiares o que está acontecendo com ele, para que consigamos sensibilizar a família para dar um suporte adequado a esse paciente.
O suporte social é muito relevante para que o paciente não passe por isso sozinho. Vimos que os pacientes que tentam dar conta sozinhos da doença, do tratamento e das reações, tendem a ficar mais deprimidos do que aqueles que conseguem contar com uma rede de apoio”.
Caio Henrique Vianna Baptista
Psicólogo da área oncológica e hematológica da Beneficência Portuguesa de São
Paulo, colaborador do Instituto Vencer o Câncer
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